alguém esqueceu a chave... e diferenças culturais

Tem alguém aqui tocando a campainha repetidamente no conjunto de predinhos onde estamos.

São 9:46 - faz uns 10 minutos que tem alguém tocando a campainha. Ou mora algum artista alternativo por aqui. Ou então, alguém morreu trancado dentro de algum apartamento. Credo.

Por falar nisso, devemos estar na rota de vários hospitais. É impressionante o número de ambulâncias que passam com as sirenes ligadas por aqui, e mesmo lá perto do centro histórico. Ou então eles ligam a sirene para qualquer coisa - como ir para casa almoçar.

Por falar nisso (2), já escrevi que aqui a maioria das lojas costuma fechar para o almoço. Até o homem do carrossel pára para almoçar. Ontem chegamos às 13:00 cravadas no carrossel que fica na Piazza della Republica (acho que é isso) e o senhorzinho estava fechando para ir almoçar. Só reabriria às 16:00. TRÊS horas de almoço!!!

Fomos almoçar, andamos bastante e voltamos para o carrossel às 15:30. Ficamos sentados lá, e quando deu 16:15 desistimos, nada do homem. Vejam a carinha do Sammy. Eu já estava quase dormindo - banquinho, sol, uma brisinha... ai, ai, ai.

Até o Sammy concordou em voltarmos hoje. Eu e ele vamos mais cedo para o centrinho e encontramos com o Nick lá. Assim não corremos o risco de encontrar o carrossel fechado.

O Brasil tem mil defeitos, mas pelo menos a vida continua na hora do almoço. Aqui é muito estranho. Claro que é uma questão de costume e de cultura, mas numa cidade turística como esta... sei não, sei não.

Outra coisa - não achamos potinhos de tupperware no supermercado.

Antes de voltarmos para o carrossel, vi esta placa aqui numa esquina. "Pare de comer animais". Achei ótima. Juro que não fui eu!!! (Aliás, eu nem alcanço mesmo!)

Pronto, parece que a campainha silenciou e vou acordar o Sammy, banho e vamos. A luta vai ser se ele quiser usar a roupa do Peter Pan que ganhou ontem. É muito quente.

Que nada, a campainha voltou, firme e forte. E estão batendo na porta também. Estou ficando preocupada... Parece que a pessoa que está lá dentro é "Mari". Tomara que seja só alguém com sono pesado.

Vou acordar o moleque agora.