sábado, junho 28, 2008

O primeiro post em terras européias

Saímos do Brasil na 4a. feira, 25/6.

Alguns contratempos - já no carro que nos levaria ao aeroporto, meu marido comentou que não encontrou em nenhum email a confirmação do vôo entre Gatwick e Pisa, no dia 27/6. Como tínhamos mesmo que passar na agência para pegar meu cartão do seguro saúde da viagem, comentei com a moça e realmente a reserva não havia sido feita.

Deixei números de cartão de crédito com ela e fomos embora.

Em São Paulo, um motoboy dos infernos achou que o motorista o havia fechado num local super estreito, e deu um soco no espelho lateral direito do carro.

Fora isso, chegamos direitinho no aeroporto, fizemos o check-in e fomos fazer hora.
Algumas fotinhos:






O vôo prometia ser tranqüilo, se não fosse pelo fato de termos nos sentado atrás de duas francesas sebentas, para manter o nível que este é um blog de família.



Bastou o meu marido encostar no bolsinho em frente a ele, a sebenta macha já olhou feio. Bastou o Sammy "relar" o pé no encosto e a sebenta loira já deu uma olhada feia, que eu sustentei.



Sou super chata com isso - detesto que fiquem chutando minha poltrona, seja no cinema, seja no avião. Então, obviamente, cuido muito para não incomodar os outros. Não fazer aos outros aquilo que não quero que façam a mim - essa é a lei que procuro seguir. E controlei meu filho, mas vez ou outra, o pé dele encostava no encosto da princesa de cristal. ENCOSTAVA, não chutava.



Fomos assim, em relativa paz, até que o Sammy dormiu (no nosso colo) e acordou mal-acomodado, obviamente, e irritado. Estando irritado, chutou (a mim, basicamente) e chorou. Coisa de 5 minutos, e eu e o marido tentando controlá-lo, acalmá-lo.



A francesa sebenta macha vira e fala que a gente tem que controlá-lo, que ela sabe que a culpa não é dele, mas é nossa.



Ah! Eu já estava irritada com aquele policiamento a noite toda, tirei o cinto de segurança e fui falar com as comissárias. Umas bananas. A sebenta loira ainda veio tentar falar comigo, mas não dava.



Voltei, e obviamente o Sammy estava assustado por ter me visto daquele jeito - eu perdi as estribeiras mesmo. E estava quieto. E ficou quieto, ou quase, durante o resto da viagem.



Vou escrever para a British Airways.



As duas vacas francesas ficaram pulando da poltrona delas (tinha uma menina desacompanhada sentada no corredor, a sebenta loira no meio e a macha na janela), para o corredor, empurrando as poltronas das pessoas da frente, e fizeram isso muitas vezes, no mínimo umas 10, a loira dormiu com os joelhos apoiados no encosto da frente, etc. Foram bem desagradáveis.



As comissárias não se preocuparam em resolver a situação nem em chegar a um acordo - reforçar que o Sammy tem 4 anos e para uma criança dessa idade, ele foi um anjo na viagem (e eu sou chata para essas coisas, não douraria a pílula só por ser meu filho, não...), reforçar que viajar de avião, na classe econômica principalmente, é assim mesmo, que elas são duas adultas, etc.



Não. A aeromoça brasileira Maria ainda veio dizer "é, bom, ele não pode ficar quicando o encosto da frente", e eu disse "mas ele não ficou fazendo isso!!!".



Enfim, vou fazer uma reclamação formal à British Airways pelo comportamento da tripulação que nos atendeu, que foi péssimo - com exceção de um comissário, Fabrice, que foi gentílissimo, embora nem me lembre de tê-lo visto na hora da confusão.



Temos uma amiga inglesa casada com um francês e ela comentou que as mulheres francesas são mesmo um bando de mimadas, que acham que o mundo deve se curvar a elas.




Bom, mas tirando isso, o vôo foi ótimo, bem mais curto que o normal - parece que a rota mudou. Nada de turbulência, uma tranqüilidade.



Desembarcamos em Heathrow, fomos para Gatwick, e fomos para um hotel ali perto, o Gatwick Worth Hotel, que já conhecíamos da viagem que fizemos em 2005/2006.



Só que desta vez tínhamos quase o dia todo ali em Crawley (o nome da cidade onde fica o aeroporto de Gatwick), e já tinha combinado um almoço com uma amiga minha tradutora, brasileira e que mora lá. Fizemos um troca-troca de sacolas, café para ela, encomendinhas da Amazon UK para mim.



Almoçamos num restaurante gostoso, ASK, que fica na High Street, batemos um bom papinho e depois demos mais uma voltinha no shopping (e passamos na Disney Store, claro...) e voltamos para o hotel.



Dormimos, trabalhamos, enfrentamos um mau-humor básico do Samuel que não quis jantar no restaurante, ele estava dormindo e não queríamos correr o risco de ele dormir direto e acordar de madrugada... mas não deu, íamos nos aborrecer. Acabamos voltando para o quarto, ele desmaiou e nós pedimos comida lá mesmo.

Em todos os intervalos, eu ainda corria até a recepção, onde tinha internet wireless de graça, para checar e-mails e trabalhar.

O filhote já não devia estar bom - no dia seguinte acordou bem ruinzinho, vomitando só líquido, porque praticamente não comeu nada no dia anterior. E lá fomos nós para o aeroporto às 10. O hotel nos deu uma toalha de rosto... que foi muito bem utilizada durante todo o dia, pobrezinho... :-)

O vôo entre Gatwick e Pisa foi tranqüilo e rápido, só que sentamos separados - como a reserva não havia sido confirmada, quando a agente de viagens fez isso na 4a. feira, só conseguiu fazer desse jeito - eu na executiva e o Sammy e o Nick na econômica. Eu me ofereci para trocar, mas o Nick não quis e disse que ele é mais "confortável" para o Sammy encostar, e tem mais força física caso precisasse ajudá-lo ou carregá-lo. Como não dava para negar esses fatos, aceitei.

Chegamos em Pisa, tomamos um chá de aeroporto para esperar o ônibus que nos levaria a Florença. Aproveitei para trocar alguns traveler's cheques - tínhamos que pagar o restante do apartamento em dinheiro.

Enquanto isso, o Sammy continuava passando mal - já estava um pouquinho mais esperto, mas nem água parava.

Chegamos em Florença por volta de 19:00, ligamos para a moça do apartamento e pegamos um táxi, com o Sammy no limite do cansaço.

Vou começar outro post.

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