terça-feira, junho 17, 2008

Como jogar fora?

Ainda na preparação para a viagem - e graças a um atraso do marceneiro, que só vai entregar um móvel aqui no escritório amanhã, com quase 1 mês de atraso - peguei aquelas caixas de arquivo morto para ver o que dava para jogar fora.

Nem mexi na que tem coisas da pessoa jurídica, blocos de NFs antigos, etc. Mas tinha 3 caixas que eram referentes a comprovantes de despesas - assistência médica, cartão de crédito, energia, telefone etc.

É engraçado ver como algumas coisas mudaram.

Achei a inscrição em um programa de sorteio de linha telefônica para um apartamento em São Vicente - hoje são as empresas telefônicas que ligam aqui, oferecendo linhas adicionais... Além disso, esse apartamento em São Vicente seria o nosso primeiro lar de casados, que ficaria pronto quando meu marido chegasse da Inglaterra. Minúsculo, 48m², se não me falha a memória. Longe de tudo. Mas era o que dava para pagar naquela época, era relativamente perto da estrada, e naquela época eu nem sonhava em deixar de trabalhar em São Paulo.

Aí a vida mudou - comecei a me preparar para iniciar a carreira de tradutora e parar de trabalhar em São Paulo, meu pai morreu, pedi para sair do banco em São Paulo, montei um escritório no quartinho de empregada do apartamento dos meus pais e comecei a trabalhar como tradutora. Meu marido entrou de sócio em uma escola ali perto da casa dos meus pais. Uma mudança para São Vicente estava fora de cogitação.

Acabou que a entrega atrasou e resolvemos que aquele apartamento não mais nos atenderia - como o pessoal da construtora não era exatamente acessível, entramos com uma ação para devolução do dinheiro. Isso foi em fevereiro de 1999, e o processo ainda está andando. Parece que agora está nos finalmentes, com leilão e tudo. Vamos ver.

Além disso, na caixa de documentos também havia a inscrição para o celular, na Telesp Celular, o manual do primeiro aparelho celular (um Startac).

A petição inicial de um processo contra a Credicard, por ter me deixado sem cartão de crédito na minha primeira viagem à Inglaterra em 1997, por um erro deles.

Tudo foi devidamente jogado no lixo.

Ainda não consegui jogar um envelope plástico com declarações de IR, ainda em papel, com a letra do meu pai, que já foi para o andar de cima há quase 10 anos. Como é que vou jogar isso fora???

E outro com as coisas do banco em que trabalhei - entre elas, holleriths e o anúncio de jornal que pedia currículos para participação no programa de estágio. Não dá para sair rasgando assim, sem mais nem menos.

Quando voltar de viagem, vou olhar com calma, escanear algumas coisas, etc.

Resumo da ópera - dessas 3 caixas, consegui colocar o que sobrou em apenas uma. Tem 3 sacos de lixo (daqueles de 20 litros) aguardando na cozinha para serem levados ao lixo limpo.

Mas a arrumação ainda vai prosseguir mais alguns dias... :-)

Nenhum comentário: